O faturamento da indústria de transformação cresceu 2,1% e as horas trabalhadas na produção aumentaram 0,7%, na série de dados dessazonalizada. Na mesma base de comparação, a utilização da capacidade instalada recuou 0,3 ponto percentual e ficou em 76,8%. “Após um período de fraca atividade, a indústria reagiu de forma positiva em novembro”, afirma a pesquisa Indicadores Industriais divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
“A reação da indústria foi estimulada pelas expectativas positivas e pela melhora da demanda das famílias no fim do ano passado. Os dados do comércio confirmam que as vendas aumentaram, o que melhora as perspectivas para o início deste ano com a recomposição dos estoques em janeiro”, avalia o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
No entanto, a manutenção do desempenho positivo da indústria e da economia nos próximos meses depende das ações do novo governo, alerta Castelo Branco. “O resultado do fim do ano foi muito baseado nas expectativas positivas. Para a sustentação da atividade, é preciso ações e resultados objetivos em questões como o equilíbrio fiscal, a reforma da Previdência e medidas que melhorem o ambiente de negócios, como a redução da burocracia”, destaca o economista.
De acordo com a pesquisa, o faturamento da indústria está 1,8% acima do registrado em novembro de 2017. As horas trabalhadas na produção reverteram as perdas registradas até setembro e são 0,2% maiores do que as do mesmo mês do ano do ano anterior. A utilização da capacidade instalada ficou 1,3 ponto percentual abaixo da de novembro de 2017.
Depois de oito meses consecutivos de queda, o emprego teve um crescimento modesto em novembro de 2018. Aumentou 0,3% em relação a outubro, na série livre dos efeitos sazonais, mas está 0,3% abaixo do registrado em novembro de 2017. A massa real de salários recuou 0,7% e o rendimento médio do trabalhador caiu 1% em novembro frente a outubro na série dessazonalizada. Na comparação com novembro de 2017, a massa real de salários diminuiu 2,6% e o rendimento médio real do trabalhador caiu 2,3%.
(Fonte: Abit e CNI)